Perguntas sem respostas.

Pai, por que a vovó tem cabelo vermelho e todas as outras têm cabelo branquinho?

Como é que a vovó consegue combinar tantos anéis e tantos colares?

Por que só a nossa vovó pinta as unhas de verde?

A vovó é meio maluca, não é?

Por que a vovó sempre traz um ovo de Páscoa com um sabor que nunca ouvimos falar?

Por que ela dorme em todas as peças infantis e diz que não dorme?

Por que a vovó conhece tanta gente? Ela é famosa?

Se a vovó é de Itu como é que ela calça 33?

Por que a vovó virou uma estrela?

E agora? O que a gente faz quando der vontade de falar com ela? Essa eu acho que consigo responder. Sabe esse amor que ficou guardado? Você pega a caixinha e abre. Pode ser que saia uma lembrança boa, um cheiro, uma risada. É só abrir e, clic, sai até mesmo um textinho, viu?

Para a Juju e Clarinha.

10 pensamentos sobre “Perguntas sem respostas.

  1. André Pedroso disse:

    Lindo, meu xará, lindo.

  2. daniloblume disse:

    Gosto dos seus textos, Kassu. O silêncio que você deixa no texto consegue dizer até mais do que está escrito. Parabéns!

  3. Pois é. Da caixinha sai até um textinho conseguindo dizer coisas bacanas, numa hora em que normalmente a gente não consegue dizer nada. Bonito demais.

  4. Kassú, essa saudade não vai passar. Apenas convivemos com ela, na certeza que nos encontraremos daqui a pouco. Estava viajando e não pude te dar um abç pessoalmente. Sua mãe sempre foi muito querida e toda vez que nos encontrávamos nos eventos falávamos de vc, e ela me atualizava com noticias suas. Estou em Sampa num bate e volta, na próxima te ligo para colocarmos o papo em dia.Abç

  5. Você tem dado algumas lições de vida incríveis através dos seus textos, Kassu. E, tecnicamente falando, acho que o seu imenso amor pela família, via de regra protagonizado pelas filhas, é um dos seus grandes trunfos. O que pode haver de sublime na cabeça que não tenha lastro na alma, não é verdade? Parabéns e obrigado, cara.

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